Alagoinhas agora é patrimônio do Brasil
Às vésperas da abertura oficial da Copa do Mundo, Alagoinhas acaba de marcar um golaço. Pode-se dizer um gol de placa, digno dos grandes times e craques. Hoje, o município passa a integrar um grupo seleto: o de cidades reconhecidas como Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil. O convênio com o governo federal vai ser assinado pelo prefeito Paulo Cezar no Palácio Rio Branco, no Centro Histórico de Salvador, com a presença do Presidente Lula, do Governador Jaques Wagner e do Ministro da Cultura, Juca Ferreira.
É o PACH – Plano de Ação das Cidades Históricas, um amplo programa do Governo Federal para requalificar os sítios históricos do País. As ações envolvem construção de terminais de transporte e equipamentos urbanos, construção de habitação social para relocação de ocupações irregulares em áreas de preservação, implantação de redes de infraestrutura urbana em locais tombados. São ao todo R$ 692 milhões, sendo que Alagoinhas vai receber nos próximos quatro anos R$ 8,9 milhões.
Para este ano já estão garantidos R$ 1 milhão para obras e serviços no reforço da estrutura da Igreja Inacabada de Alagoinhas. O dinheiro já foi incluído no orçamento do IPHAN para 2010 e agora com a assinatura do convênio batizado de APPC – Acordo de Preservação do Patrimônio Cultural, o recurso será liberado para a tão sonhada obra. Segundo a professora e historiadora Iracy Gama, a última intervenção feita na Igreja Inacabada foi em 1992. Atualmente, a estrutura está bastante ameaçada.
A professora, que há anos luta pela preservação do Patrimônio Histórico, parecia uma torcedora comemorando o título de campeã do mundo, de tão eufórica que estava com a notícia. Segundo ela, essa é uma vitória de toda a sociedade de Alagoinhas e não deixa de ser uma importante conquista para o Conselho de Cultura do Município. Iracy Gama disse que tudo começou depois de uma visita do Superintendente do IPHAN na Bahia, Carlos Amorim, à Estação Ferroviária São Francisco, no ano passado, importante monumento da cidade, construído no final do século XIX, em imponente estilo inglês.
Amorim propôs que Alagoinhas fosse incluída no Programa do Governo Federal, mas para adequar o município às muitas exigências do Ministério da Cultura, foi preciso muito trabalho e corrida contra o tempo. As outras 16 cidades baianas beneficiadas iniciaram o trabalho há dois anos e Alagoinhas teve apenas 4 meses para conseguir tudo que era exigido. Segundo a professora, foram muitas noites sem dormir mas agora veio a recompensa.
Também integrante do Conselho de Cultura, a arquiteta e Gerente de Projetos Especiais da Prefeitura Sônia Fontes não escondia a satisfação com a boa notícia. Ela atribui os méritos também ao prefeito Paulo Cezar, que deu todo o apoio necessário ao trabalho do Conselho e mostrou que o resgate da autoestima do povo é um dos passos mais importantes para a cidadania e a modernização do município.
Sônia Fontes disse ainda, se referindo ao prefeito, que isso não aconteceu antes porque até então “nenhum filho da terra, político, que tivesse essa paixão pela cidade e que reconhecesse esse patrimônio, tomou a iniciativa de cuidar da nossa história”.
Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=50252
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